Entre acusados estão 22 policiais militares, nove civis e três traficantes
SÃO PAULO - A 23ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos Policiais do Rio de Janeiro denunciou, nesta sexta-feira, 18, ao Juízo da 32ª Vara Criminal da Comarca do Rio, Policiais Civis e Militares, além de informantes, identificados na Operação Guilhotina. Eles teriam roubado bens e pertences apreendidos em diligências e operações.
Atuando em delegacias ou em posições estratégicas da Segurança Pública, os policiais formavam quatro grupos criminosos, que atuavam independentemente, e se beneficiavam das facilidades proporcionadas pelos cargos que exerciam. Ao todo, serão acusados 22 policiais militares, 9 policiais civis, 3 traficantes e outras 8 pessoas.
Cada envolvido será acusado separadamente, de acordo com os crimes que cometeu. Entre as acusações estão crime de formação de quadrilha, corrupção passiva e/ou ativa, peculato e violação de sigilo funcional.
Uma das denúncias diz respeito às atividades ilícitas na Favela Roquete Pinto, na zona norte do Rio de Janeiro, principalmente para aquisição de armas e "espólios de guerra". O principal acusado é o ex-subchefe Operacional de Polícia Civil Carlos Antonio Luiz de Oliveira, que teria facilitado as condutas impróprias. Além de Oliveira, foram denunciados policiais civis, policiais militares, traficantes e sete pessoas que controlavam serviços para a população, como distribuição de gás.
Outra denúncia envolve policiais civis e policiais militares que teriam se aproveitado de suas posições para se apropriarem bens e dinheiro de criminosos. A denúncia também cita revenda de material apreendido de uma facção para outra e recebimento de propina mensal para repassar informações sobre operações policiais.
A terceira denúncia aponta a apropriação de bens de traficantes por policiais militares durante a ocupação do Complexo do Alemão.
Por fim, uma quarta denúncia mostra o envolvimento de policiais militares e civis atuando como seguranças privados em estabelecimentos onde eram praticadas atividades ilícitas, como exploração de jogos de azar.
Fonte: Estadão Online